Pesquisadores agropecuários mineiros desenvolvem nova geração de café
sexta-feira, 24/01/25Por Filipe Diniz
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Com foco na sustentabilidade e na qualidade do cafeeiro, cultivares desenvolvidos pelo Programa de Melhoramento Genético da Epamig conquistam concursos e o paladar dos consumidores
O Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), desempenha um papel fundamental na evolução da cafeicultura em Minas e no Brasil.
Por meio de pesquisas voltadas ao desenvolvimento de novos cultivares, a iniciativa busca garantir a sustentabilidade, competitividade e a rentabilidade do setor cafeeiro, de modo a atender as necessidades dos produtores e do mercado.
Para tanto, os pesquisadores agropecuários da Epamig possuem atribuição central na execução do programa. Eles atuam para preservar a diversidade genética da espécie, selecionar plantas com características pretendidas, e monitorar o desempenho de cultivares em diferentes condições ambientais.
Segundo o pesquisador da Epamig, Marcelo Malta, o melhoramento genético da planta contribui para aumentar a produtividade por área cultivada, obter grãos com características sensoriais superiores, e criar variedades mais resistentes às doenças e melhor adaptadas aos diversos tipos de clima.
“A evolução dos novos cultivares de café, como o MGS Turmalina e o MGS Paraíso 2, proporciona uma série de benefícios ao setor, como o fortalecimento da cadeia produtiva, a modernização da infraestrutura das regiões produtoras e o aumento da renda dos cafeicultores. Esses fatores agregam valor, principalmente à produção de cafés especiais”, esclarece Malta, que também é pesquisador associado à Associação de Pesquisadores da Epamig (Aspe).
Concurso de qualidade do café
Em novembro do ano passado, o MGS Paraíso 2 e o MGS Turmalina, cultivares desenvolvidos por pesquisadores agropecuários da Epamig, foram premiados no 12º Prêmio Região do Cerrado Mineiro, safra 2024.
O evento, promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, ocorreu em Uberlândia, e celebrou a produção cafeeira no Triângulo Mineiro, a primeira região com denominação de origem para cafés do Brasil.
Com o intuito de premiar os cafés de alta qualidade, sustentáveis e rastreáveis, na categoria “Café Natural”, em que a secagem é finalizada com casca e pergaminho, o cultivar MGS Paraíso 2 conquistou o 1º lugar, e o MGS Turmalina a 3ª colocação. Já na categoria “Café Fermentação Induzida”, em processo de fermentação superior a dez horas, o MGS Paraíso 2 ainda garantiu o 2º lugar.
Vale ressaltar que o MGS Turmalina, lançado em 2021, detém a mesma origem genética do MGS Paraíso 2, de 2012. Ambos cultivares foram desenvolvidos no programa de melhoramento genético do cafeeiro da Epamig, sendo reconhecidos pelo grande potencial de produzir cafés que atendem a rigorosos padrões de graduação da bebida.
Sendo assim, a conquista da premiação é um marco para a Epamig, pesquisadores e para toda a cadeia produtiva do café. Essa vitória recente demonstra a importância da pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias para a melhoria constante da qualidade, produtividade e competitividade do café brasileiro no cenário local e global.
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ASPE: Em defesa dos direitos e interesses dos Pesquisadores Agropecuários da Epamig.